Empresários da construção civil participam de reunião interna da Câmara e pedem apoio aos vereadores

28 de março de 2017 às 16:09
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Na reunião interna da Câmara Municipal de Teixeira de Freitas, representantes da Construção Civil estiveram na Casa, colocando aos vereadores os problemas que vêm afetando a classe nesse município.  Estiveram presentes os seguintes empresários da área: Uziel Barbosa Santos, Stefano da Silva Constantini, Gilvaney V. Santos, Lorena de Almeida Rocha, João Batista de Oliveira, Antônio Thulio Sousa Bessa, Rodrigo Ferraz, Marcos Gomes, Fabrício Salomão, Gileno Silva, Dra. Fúvia, Carlos Mesitiere e Sérgio Guimarães.

O empresário Uziel Barbosa traçou uma radiografia do problema fundiário em Teixeira de Freitas, afirmando que a cidade não foi planejada e que alguns bairros, até hoje, não têm condições de serem registrados: “Vejo a construção civil parando na cidade por falta das melhorias necessárias”, frisou.

Já o engenheiro Carlos Mesitiere recordou que está na cidade desde 1983 e foi ele quem fez o primeiro mapa urbano: “Alguns prefeitos do passado resolveram doar alguns loteamentos para o povo, surgindo bairros como o Ulysses Guimarães. Na gestão do Dr. Vagner, o Plano Diretor Urbano foi elaborado de maneira muito confusa, ignorando alguns problemas. Na gestão de Padre Apparecido alguns ajustes ocorreram, mas não houve soluções para os problemas ocorridos. Acho necessário uma comissão da Câmara para rever o Plano Diretor Urbano com empresários e engenheiros, pois é grande o impacto em desemprego ver a cidade com sua construção civil quase parada”, alertou.

O empresário Fabio Dall’Orto afirmou que o cartório não está mais aceitando desmembrar lotes menores de 200 metros quadrados e que tem quinhentas casas paradas. Para ele, a situação é dramática e toda a economia da cidade sofre com a situação. Sobre a limitação, o senhor Tiago Loiola afirmou que a cidade vem desmembrando lotes menores há mais de 8 anos e que as casas de 200 e 250 metros já não encontram mais compradores, pois o valor subiu muito e as pessoas não têm dinheiro para as entradas: “Uma nova lei de parcelamento do solo é necessária, principalmente na área z3, além do que é injusto o bloqueio de algo que já está em andamento – Teixeira cresceu muito com o Minha Casa, Minha Vida”, ponderou.

Outro que se manifestou foi o empresário Gileno, que afirmou que a lei está prejudicando muita gente, como os construtores, prefeitura e estado na arrecadação de taxas e ITBI.

O Dr. Luciano Falcão afirmou que é possível a alteração da legislação municipal para adequação às reais necessidades do município. Uma ponderação firme foi feita pelo vereador Ronaldo Cordeiro, afirmando que o segmento da construção civil mexe com a economia da cidade, do estado e do país, afirmando, ainda, que as casas precisam ter um padrão aceitável de qualidade: “O Ministério Público está interferindo numa realidade que é comum em todo o país”, notou.

Com muita objetividade, o vereador Arnaldo Ribeiro analisou a influência da construção civil no crescimento da cidade e solicitou ao líder do prefeito uma audiência com este e com o procurador do município, na tentativa de equacionar os problemas. Marcílio Goular fez ver que as leis não podem entravar o avanço nas questões sociais, pois elas foram criadas para facilitar a vida da população: “Há uma cadeia que foi criada, inclusive para geração de empregos, e ela precisa ser mantida”, avisou. Todos os vereadores presentes se colocaram à disposição dos empresários para buscarem influenciar as autoridades na solução dos problemas, sendo que Leonardo Feitosa sugeriu que a Câmara convoque uma audiência pública para discutir o problema Habitação.

Deixando claro o apoio da Casa aos empresários da Construção Civil, o presidente Agnaldo Teixeira encerrou a reunião interna, considerada pelos empresários de grande valia.

 


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